Em janeiro de 2024, o governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, anunciou mudanças significativas no sistema tributário de veículos.
A principal alteração afetou os impostos sobre carros de luxo e veículos eletrificados, como híbridos e elétricos. Veículos com valores entre 41 milhões e 75 milhões de pesos argentinos, anteriormente tributados em 20%, tiveram seus impostos zerados. Para carros acima de 75 milhões de pesos, a alíquota caiu de 35% para 18%.
Para veículos elétricos e híbridos importados, com valor de até US$ 16 mil, a importação ficou isenta de impostos, limitada a 50 mil unidades anuais. Esta medida visa promover a adoção de tecnologias mais sustentáveis.
No segmento de motocicletas, modelos com preços entre 15 milhões e 23 milhões de pesos também tiveram seus impostos zerados.
"Essas alterações visam estimular o mercado e corrigir distorções tributárias, focando em veículos de marcas de luxo e importadoras." concluiu o governo argentino.
Marcas de luxo como Audi e Alfa Romeo já registraram reduções de preços. A Audi reduziu o preço do Q3 em 16%, e a Alfa Romeo cortou US$ 40 mil do preço do Giulia Quadrifoglio.
A Mercedes-Benz também anunciou reduções, com o Mercedes-AMG SL 63 E Performance tendo seu preço reduzido em US$ 66 mil.
Apesar das reduções em veículos de luxo, os carros populares não foram impactados. O mercado automotivo argentino encolheu quase 8% em 2024, em meio a uma inflação de 117,8%. Modelos como o Peugeot 208 e a Toyota Hilux continuam entre os mais vendidos.
O governo espera que as mudanças revitalizem o setor, mas o sucesso dependerá da economia argentina e da resposta do consumidor. O impacto das medidas é considerado limitado a segmentos de nicho.
A alta inflação e a economia frágil da Argentina impactam os preços, com muitas marcas calculando preços em dólares. O contexto econômico desafiador do país exige cautela na avaliação do sucesso das medidas tributárias.
*Reportagem produzida com auxílio de IA