Cientistas defendem a importância de promover a diversidade de microorganismos em ambientes espaciais, como estações espaciais, visando a saúde dos astronautas. A ideia é criar ambientes que se assemelhem mais aos ecossistemas microbianos naturais da Terra.

A pesquisa sugere que a exposição a uma variedade de micróbios benéficos poderia fortalecer o sistema imunológico dos astronautas, sem comprometer a higiene. No entanto, os especialistas alertam para os riscos de introduzir organismos nocivos, como parasitas e fungos.

A proposta é abandonar a abordagem de espaços altamente higienizados e adotar uma estratégia mais equilibrada, que promova uma diversidade microbiana semelhante à encontrada na Terra. Isso poderia trazer benefícios significativos para a saúde dos astronautas durante longas missões espaciais.

"Ambientes construídos no futuro, incluindo estações espaciais, poderiam se beneficiar da promoção intencional de diversas comunidades microbianas que imitam melhor as exposições microbianas naturais experimentadas na Terra, em vez de depender de espaços altamente higienizados." disse Rodolfo Salido, coautor do artigo e pesquisador da Universidade da Califórnia, em San Diego.

A pesquisa abre um novo caminho para a compreensão da importância dos micróbios para a saúde humana, inclusive em ambientes extremos como o espaço. A modulação da exposição a esses seres microscópicos pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a saúde e o bem-estar dos astronautas, permitindo missões mais longas e seguras.

Embora o estudo traga uma nova perspectiva sobre a saúde no espaço, é preciso considerar os riscos envolvidos na introdução de bactérias em ambientes fechados. A pesquisa futura deverá se concentrar em identificar quais micróbios são benéficos e como controlar sua proliferação para garantir a segurança dos astronautas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA