O Peru decretou estado de emergĂȘncia em Lima e Callao, após uma escalada da violĂȘncia e criminalidade. A medida, anunciada nesta segunda-feira (17), autoriza o uso das Forças Armadas para auxiliar a polĂcia no combate ao crime.
A decisão foi tomada em resposta ao aumento alarmante de crimes, incluindo extorsões e assassinatos. O estopim para a declaração de emergĂȘncia foi a morte do cantor de cĂșmbia Paul Flores, baleado durante um assalto a ônibus.
O decreto de emergĂȘncia, com duração de 30 dias, confere às autoridades poderes ampliados para o enfrentamento da criminalidade. A medida permite a mobilização das Forças Armadas para auxiliar a polĂcia no patrulhamento e na garantia da segurança pĂșblica.
A situação em Lima reflete um problema crescente de segurança pĂșblica no paĂs, com aumento de relatos de extorsões e outros crimes violentos. A presença de soldados nas ruas busca aumentar a sensação de segurança e dissuadir a ação de criminosos.
A presidente Dina Boluarte manifestou o desejo de que os responsĂĄveis pela morte do cantor sejam punidos com a pena de morte, embora a legislação peruana limite a aplicação da pena a casos de traição.
"Gostaria que os assassinos fossem condenados à pena de morte." declarou a presidente Dina Boluarte.
Em resposta à declaração, parlamentares de esquerda criticam a gestão da presidente Boluarte e afirmam que o decreto não vai resolver o problema da violĂȘncia. Eles tambĂ©m acusam a presidente de tentar desviar a atenção dos problemas sociais e econômicos do paĂs.
O governo do Peru frequentemente recorre a declarações de emergĂȘncia em resposta a crises de segurança ou agitação social. No entanto, a medida tem sido criticada por opositores, que a consideram ineficaz e autoritĂĄria.
A medida implementada pelo governo ocorre após semanas de aumento da violĂȘncia, atribuĂda a grupos criminosos que visam empresas, incluindo as de transporte. As autoridades afirmam que prisões recentes de membros de gangues foram realizadas.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA