Entrou em vigor nesta segunda-feira (14) o novo valor da tarifa de ônibus em Belém. A passagem passou a custar R$ 4,60, conforme anunciado pela Prefeitura na última sexta-feira (11). O reajuste foi confirmado pelo prefeito Igor Normando (MDB), que também anunciou a gratuidade das passagens aos domingos e feriados.
A decisão veio após reunião do Conselho Municipal de Transporte, realizada na quinta-feira (10), que sugeriu reajuste maior, de R$ 5,60, baseado em planilha técnica da Secretaria de Mobilidade Urbana (Segbel). O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) chegou a defender um valor ainda mais alto, de R$ 5,80. O prefeito, no entanto, optou por um valor abaixo das propostas, afirmando que foi um acordo possível para não penalizar a população.
"Acabamos de fechar um acordo para viabilizar a passagem de ônibus a R$ 4,60. Esse é um valor menor do que o previsto pela gestão anterior e muito inferior ao que queria o Setransbel", afirmou Normando nas redes sociais.
Além do novo valor, os coletivos começaram hoje a circular gratuitamente aos domingos e feriados, com catraca livre. A medida, segundo a gestão municipal, busca estimular o uso do transporte público em dias de menor demanda.
O prefeito também anunciou a entrega de 300 novos ônibus com ar-condicionado e wi-fi. Contudo, apenas 90 veículos jĂĄ estão emplacados e aptos a rodar. A promessa é que os demais sejam incorporados gradualmente.
O reajuste gerou críticas por contrariar promessas feitas pelo prefeito durante a campanha eleitoral. À época, Igor Normando afirmou que não aumentaria a tarifa e que faria uma licitação para o sistema de transporte público, além de subsidiar parte dos custos das empresas para evitar o repasse aos usuĂĄrios. Até o momento, a prefeitura não confirmou se o modelo de subsídios serĂĄ adotado.
Atualmente, o transporte coletivo de Belém opera por ordem de serviço, sem licitação. Na gestão passada, um processo licitatório chegou a ser aberto, mas não atraiu propostas.
A população continua relatando problemas frequentes no sistema: frota velha, ônibus com goteiras, panes mecânicas e longos intervalos entre os horĂĄrios. Em um caso recente, a porta de um coletivo caiu durante o trajeto e precisou ser recolhida pelo próprio motorista.