Uma ação integrada das forças de segurança resultou na apreensão de 194 quilos de entorpecentes no oeste do Pará, no último domingo (13). A droga, composta por cocaína, skunk e oxi, foi localizada dentro de uma lancha, na região do rio Amazonas, entre os municípios de Prainha e Almeirim, e apresentada na manhã desta segunda-feira (14), na 16ª Seccional Urbana da Polícia Civil de Santarém.

A apreensão faz parte da Operação Vigília, que contou com a atuação de guarnições da Polícia Militar de Monte Alegre e Almeirim, com apoio da Agência de Inteligência da Área do 18º BPM e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICO) da Polícia Militar do Amazonas.

Segundo o comandante do Batalhão Gurupatuba, Major Leonardo Dutra, as guarnições iniciaram o acompanhamento da embarcação após receberem informações de inteligência. Durante o cerco policial, os dois ocupantes da lancha reagiram com disparos de arma de fogo, iniciando uma intensa troca de tiros com os militares.

"Os criminosos conseguiram desembarcar na margem do rio e fugiram para a mata, abandonando a embarcação com aproximadamente 200 kg de entorpecentes e dois fuzis. Isso evidencia o nível de organização da quadrilha", destacou o Major Dutra.

Durante as buscas subsequentes, parte da droga foi encontrada submersa no rio. Em um novo confronto, um dos suspeitos foi atingido e morreu. Ele foi identificado como Marcelo Kennedy Marques de Almeida, de 26 anos, natural de Coari (AM). O outro envolvido conseguiu escapar e permanece foragido.

"O criminoso morto já havia sido preso no ano passado em Abaetetuba, com cerca de duas toneladas de drogas. A investigação segue para identificar e capturar o segundo envolvido", afirmou o comandante.

A carga de 173 tabletes de drogas chegou ao porto do D.E.R, em Santarém, na manhã desta segunda-feira, de onde foi levada por uma viatura da Polícia Militar até a delegacia para os procedimentos legais.

Combate ao tráfico na região

O Major Leonardo Dutra também destacou o esforço da PM no combate ao tráfico de drogas em Monte Alegre e região, tanto no enfrentamento ao tráfico local quanto ao crime organizado em grande escala.

"Nosso trabalho visa desmontar desde os pontos de venda nas cidades até as grandes operações de transporte. Apesar das dificuldades com o tamanho dos rios e o acesso às áreas remotas, temos dado respostas efetivas à sociedade", concluiu.

As investigações seguem com a Polícia Civil e outras forças de segurança para identificar a origem e o destino da carga, além de possíveis envolvidos na logística do tráfico na região.