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Religiosidade

Igreja Católica: Reformas de Francisco Podem Durar Até 2028

Sínodo sobre sinodalidade estendido para garantir a continuidade das mudanças.

Por Rafaelly Nascimento 06/05/2025 às 15:19:02

Há 12 anos, o mundo se surpreendeu com a eleição do Papa Francisco, o primeiro jesuíta e latino-americano a liderar a Igreja Católica, após a renúncia inesperada de Bento XVI.

Atualmente, 133 cardeais realizam reuniões frequentes para discutir os desafios enfrentados pela Igreja Católica, que possui 1,4 bilhão de membros. Essas discussões visam preparar o próximo conclave.

O Sínodo de 2021-24 convidou católicos de todo o mundo a expressarem suas opiniões sobre a igreja na era moderna, abordando temas como o papel das mulheres e o casamento de divorciados. Em 2023, a Igreja permitiu que leigos e mulheres votassem nas assembleias sinodais, juntamente com os bispos.

Milhões de fiéis responderam ao chamado, e o Vaticano permitiu debates abertos sobre tópicos antes considerados tabus, como o ministério feminino, católicos gays e abusos sexuais cometidos pelo clero.

O Documento Final do Sínodo, apresentado em outubro de 2024, não propôs mudanças radicais, mas manteve o debate sobre questões como o diaconato feminino e a aceitação de católicos gays.

Em março, durante tratamento para pneumonia, Francisco aprovou planos para estender o sínodo e sua implementação até 2028, numa manobra vista como uma garantia de que suas reformas persistam. A aprovação do plano teria sido proposta por Grech.

"Devo confessar que me deparo com a urgência dessa necessidade ao ouvir famílias de homossexuais, bem como as mesmas pessoas que têm essa orientação e que se sentem feridas pela linguagem dirigida a elas em certos textos, por exemplo, no catecismo." disse Grech em 2014, durante evento no Vaticano.

Em 2017, Grech defendeu a aceitação do casamento de pessoas divorciadas pela Igreja, alinhando-se ao apelo de Francisco por mais flexibilidade e compaixão.

"Venho de uma paróquia muito, muito pequena, em uma diocese que é igualmente pequena, então, de certa forma, não entendo por que, da periferia da igreja, o papa me chamou. Mas, por outro lado, posso ver as pequenas coisas que contam aos olhos de Deus, aos olhos do Santo Padre e aos olhos da Igreja." afirmou Grech ao jornal do Vaticano após ser nomeado cardeal em 2020.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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