A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou nesta semana e seguirá até o dia 21 de março de 2025 a campanha de intensificação da vacinação contra a Febre Amarela. A ação é voltada para pessoas com idades entre 9 meses e 4 anos, e também para aquelas com idades de 5 a 59 anos que não se vacinaram ou não possuem comprovação na carteira de vacinação.
A medida foi tomada após recomendação da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA) para todos os 144 municípios do estado, em razão da confirmação de três casos de Febre Amarela, além de um caso suspeito que levou a óbito no estado do Amapá, em um paciente morador da zona rural de Breves. Também foi registrada uma notificação de Epizootia, ou seja, morte de animais por febre amarela, em Rurópolis.
A responsável técnica pela Rede de Frio do Núcleo de Vigilância em Saúde da Semsa, Katia Moura, esclareceu que quem já tem a vacina registrada na caderneta de vacinação com a sigla "F.A." está protegido e não precisa buscar os postos de vacinação. "Quem tem a partir de 40 anos, por exemplo, deve se lembrar de que a vacina que tomou quando criança foi aquela aplicada com a pistola, nas escolas. Atualmente, a vacina é dada aos nove meses de idade, com um reforço aos 4 anos", explicou Katia. Ela também informou que, para quem tem mais de 5 anos e já tomou uma dose, não será necessário tomar outra.
O Dia D da Campanha de Intensificação acontecerá no sábado, 15 de março, mas a vacinação estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS"s) de Santarém durante o período de intensificação, de segunda a sexta-feira, das 08h às 16h, inclusive no horário de almoço.
Katia Moura destacou que, antigamente, a vacina era aplicada conforme uma escala, devido ao fato de os frascos virem em multidoses. "Após a abertura do frasco, a vacina só pode ser aplicada imediatamente, caso contrário perde a validade. Mas agora, assim que a primeira pessoa chegar para a vacina, o frasco pode ser aberto", disse.
A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus transmitido por mosquitos, e apresenta dois ciclos de transmissão: urbano e silvestre. No ciclo urbano, a transmissão ocorre através do mosquito Aedes aegypti, enquanto no ciclo silvestre, a transmissão é feita por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, o ciclo da doença no Brasil é silvestre, com os últimos casos urbanos registrados em 1942. A doença pode levar a sintomas graves, como febre alta, hemorragia, icterícia (pele e olhos amarelados), choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
Importante destacar que os macacos não transmitem a Febre Amarela. Eles são considerados sentinelas, ou seja, indicam a presença do vírus na região. Quando ocorre a morte de macacos, eles são analisados para verificar se a causa foi a Febre Amarela, o que ativa um alerta para a população.