Após longo trabalho de apuração e uso de recursos de inteligência investigativa, a Polícia Civil do Pará intensificou em março as operações destinadas ao cumprimento de mandados de prisão, e de busca e apreensão, contra suspeitos de integrar uma organização criminosa com atuação nacional. Foram seis grandes operações executadas em diferentes municípios, que resultaram na prisão de 40 investigados.
A Operação "Desmancha Vermelho" foi a mais recente. Realizada na última sexta-feira (31), no município de Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó, resultou em sete prisões. Antes dela, houve ações em Almeirim (Operação Reverbérios, com seis presos), em Soure (Operação Fora de Sintonia, com sete presos), em Abaetetuba (Operações Beja e Bastilha, com 14 presos) e em Uruará (Operação Cavalo de Troia, com seis presos).
Ainda em março, agentes da Polícia Civil do Pará atuaram em conjunto com forças de segurança do Rio de Janeiro para cumprir mandado de prisão contra líderes da organização criminosa que, mesmo a distância, ordenavam sequestros mediante extorsão, homicídios e o tráfico de drogas em território paraense. Nessa operação interestadual, um dos líderes foi morto em confronto com os agentes de segurança.
O avanço das operações, a prisão dos investigados e a análise dos materiais apreendidos, principalmente telefones celulares, permitiram à polícia identificar outros integrantes e a dinâmica de atuação do grupo. "Nosso trabalho de monitoramento é intenso. Com isso, estamos conseguindo nos antecipar ao movimento de reorganização do grupo criminoso, após a morte do principal líder no Rio de Janeiro", informa Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.
Planejamento - Ele destaca que o resultado das operações vai além dos números. "Fechamos o mês com mais uma grande operação, que resultou na prisão de mais integrantes de grupos criminosos. Cada operação bem executada mostra a qualidade do planejamento das nossas ações e a força do trabalho integrado da segurança pública no enfrentamento a esses grupos e aos crimes cometidos por eles", complementa o delegado-geral.
Na operação realizada em Cachoeira do Arari, dez aparelhos celulares e um caderno de anotações foram apreendidos. Todos passarão por perícia, e o conteúdo extraído será utilizado para ampliar as investigações sobre o grupo na região do Marajó.
Fonte: Ascom / PCPA