Campanha de Vacinação contra a Influenza começa na segunda-feira, dia 13 de novembro

Sespa destaca que objetivo é proteger a população paraense antes do período chuvoso que já se aproxima

Por Rafaelly Nascimento em 10/11/2023 às 11:06:09
Foto: Alex Ribeiro

Foto: Alex Ribeiro

Começa na próxima segunda-feira (13) a Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe) antes do início do inverno amazônico. A ação de saúde vai se estender até 15 de dezembro de 2023 e terá o dia 25 de novembro como o dia "D" de mobilização para a vacina.

O objetivo é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza na população alvo para a vacinação não só no Pará, mas em todos os Estados da Região Norte.

Todos os anos, a vacinação contra Influenza acontecia de forma simultânea em todo o país, normalmente entre os meses de abril e junho, fazendo com que a população da Amazônia recebesse a vacina tardiamente quase no fim do período chuvoso.

A gripe é uma infecção viral que ataca os pulmões, o nariz e a garganta. Os sintomas incluem febre, calafrios, dores musculares, tosse, congestão, coriza, dores de cabeça e fadiga.

De acordo com a coordenadora estadual de Imunizações da Sespa, Jaíra Ataíde, a vacinação é a melhor estratégia de prevenção contra a Influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus. "A vacina reduz o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos, principalmente, nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco", ressaltou.

Produzida pelo Instituto Butantã, a vacina de 2023 ofertada pelo SUS protege contra três vírus respiratórios: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B e contribui efetivamente para reduzir o adoecimento, complicações e a mortalidade causada por esses três vírus respiratórios.

A vacina também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves associadas à gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e a descompensação de quadros de doenças pré-existentes, que podem levar à morte.

Grupos prioritários?

Na Campanha devem ser vacinados idosos com 60 anos e mais, trabalhadores da saúde, crianças de 06 meses a menores de 06 anos de idade; gestantes, puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento, profissionais das Forças Armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade com mais de 18 anos de idade, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.

Mudança

A antecipação da Campanha contra a Influenza na região Norte é uma reivindicação antiga dos secretários estaduais de Saúde que, enfim, foi atendida pelo Ministério da Saúde após discussões com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Instituto Butantan.

Apesar de o vírus da Influenza circular em todo o Brasil durante o ano todo, sua circulação aumenta em algumas regiões em determinadas épocas do ano, como na Amazônia, onde o período chuvoso ocorre de novembro a dezembro. Daí a importância de a população paraense em especial, tomar a vacina antes de as chuvas se intensificarem.

A decisão também levou em consideração as questões geográficas, densidade demográfica e composição etária da população, que influenciam na determinação de certos padrões de circulação e transmissão do vírus.

Em 2023, a região Norte começou a vacinar em março, um mês antes das demais regiões, portanto, este é um ano de transição para a nova maneira de realizar a Campanha contra a Influenza no Brasil.

A vacinação envolve as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com recursos da União e das Secretarias Estaduais (SES) e Municipais de Saúde (SMS). E nas três esferas de governo se faz necessário integrar a vigilância epidemiológica e a atenção primária à saúde para o êxito da ação.

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