Iniciou nesta terça-feira, 19, a travessia dos cabos de energia para interligar as comunidades das regiões do Aritapera, localizadas em áreas de várzea e distantes da sede do município de Santarém, cerca de duas horas (viagem de barco). A obra executada pela Equatorial Energia Pará está orçada em R$ 2.200.000 e é financiada com recursos do Programa de Integração Social – PIS, via Governo do Estado e conta com a parceira da Prefeitura de Santarém. A previsão é que a obra seja entregue à população em janeiro de 2024.
Mais de 20 quilômetros de rede de média tensão estão sendo colocadas na travessia por cima do rio amazonas, para garantir energia com qualidade, segurança e alta capacidade de atendimento para 60 famílias que vivem nas comunidades. Por conta das difíceis condições de acesso, e de acordo com o que a natureza do solo suporta, foram implantadas torres metálicas de energia elétrica com 43 metros de profundidade das bases.
Conforme o superintendente da Equatorial Pará, Brunno Margato, a rede elétrica será operada de modo convencional com algumas particularidades devido a sazonalidade da região. "Nossa região é uma concessão com características únicas. Então, trabalhamos de diversas formas para levar até o nosso cliente a energia com alta qualidade, e, para isso, enfrentamos alguns desafios como é o caso de realizar uma travessia desse nível, em local onde ocorre o fenômeno das terras caídas", explicou.
A obra de travessia será alimentada com a energia proveniente da subestação do município de Monte Alegre, e estará interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), uma rede elétrica integrada que conecta todas as unidades de geração, transmissão e distribuição de energia do Brasil e é gerenciada pelo Operado Nacional do Sistema Elétrico – ONS. "Isso significa que a região poderá receber grandes empreendimentos para fortalecer o turismo rural, por exemplo, o que, também, deverá gerar mais emprego e renda para os moradores", acrescentou Margato.
O superintendente reforça ainda que as obras em áreas de várzeas possuem logística diferenciada. "Ao contrário da cidade e das regiões de planalto, na várzea não é utilizado caminhão, sendo necessário, portanto, o uso de postes especiais (fibra de vidro) que permitem o transporte por pessoas", concluiu.