Porto em Manacapuru, no Amazonas, desmorona durante as obras de revitalização

Defesa Civil confirma o sumiço de uma criança.

Por Rafaelly Nascimento em 08/10/2024 às 11:22:52
Foto: Vereador Sassá

Foto: Vereador Sassá

Um grave desastre ocorreu na tarde desta segunda-feira (7) no Porto da Terra Preta, em Manacapuru, Amazonas. Parte da estrutura do porto desabou após um deslizamento de terra. Apesar das obras em andamento, o local continuava a funcionar como um ponto crucial para o transporte de mercadorias e passageiros.

A Defesa Civil confirmou o desaparecimento de uma criança, enquanto relatos de testemunhas indicam que até 200 pessoas podem ter sido soterradas. O porto é um local de intensa movimentação, com atividades de carga e descarga, além de serviços de táxis e mototáxis.

Após o incidente, foram avistados destroços flutuantes, canos, casas e veículos no rio. Os flutuantes, que servem como moradias e espaços de lazer sobre as águas, foram severamente afetados.

O Porto da Terra Preta abriga o Terminal Hidroviário e a Secretaria Municipal de Pesca (Sempa), e é vital para a conexão de Manacapuru com outras localidades da região. O desastre pode estar relacionado ao fenômeno conhecido como "terras caídas", que ocorre às margens do Rio Solimões, atualmente enfrentando a pior vazante de sua história.

Esse termo é utilizado pela população local para descrever a erosão fluvial, que pode resultar em escorregamentos e desabamentos de terra, como o que ocorreu recentemente.

A Prefeitura de Manacapuru emitiu uma nota lamentando o acidente e informou que equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão atuando na área.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também se pronunciou, esclarecendo que o Porto da Terra Preta não é de sua responsabilidade, mas que gerencia uma das instalações portuárias de Manacapuru, a IP4. Técnicos do DNIT já estão no local para realizar uma inspeção minuciosa, com o intuito de avaliar os danos e os riscos potenciais à segurança da estrutura da IP4.

Fonte: DNIT

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