No final de 2024, pesquisas eleitorais para as eleições presidenciais de 2026 começaram a influenciar o mercado financeiro brasileiro. Uma pesquisa Datafolha, divulgada em 14 de fevereiro de 2025, apontou queda na popularidade do presidente Lula, gerando reações imediatas no Ibovespa e no real.
Segundo analistas do JPMorgan, liderados por Emy Shayo, as eleições presidenciais são eventos cruciais que influenciam os mercados. A queda na popularidade de Lula levantou preocupações sobre uma possível mudança de governo em 2026, aumentando o chamado "medo de perder" (FOMO) entre investidores interessados em ativos brasileiros.
Apesar do impacto da pesquisa, o JPMorgan recomenda cautela. O alto custo de oportunidade, com retornos atrativos em renda fixa, e a desaceleração econômica com inflação crescente, tornam arriscado apostar fortemente no mercado de ações. A história demonstra que este tipo de mercado geralmente não se comporta bem durante ciclos de aumento de juros.
A análise do JPMorgan também destaca que medidas populistas podem prejudicar a economia. Entretanto, paradoxalmente, uma situação econômica ruim pode levar à mudança de governo. Uma melhora econômica nos próximos meses poderia beneficiar o atual governo Lula.
O impacto das eleições de 2026 nos mercados é imprevisível, embora historicamente o mercado tenda a se desvalorizar nos seis meses que antecedem a eleição, com recuperação após a votação. A exceção foi o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, ocasião em que o mercado se comportou positivamente antes, durante e após o processo.
Pesquisas recentes mostram aumento na rejeição a Lula, com a rejeição superando a aprovação em alguns levantamentos. Apesar disso, pesquisas como a Quaest indicam que Lula ainda venceria qualquer candidato em uma eleição hoje, embora um número crescente de eleitores acredite que ele não deva buscar a reeleição.
"As eleições são eventos cruciais que moldam os mercados."
concluiu a equipe de estratégia do JPMorgan, liderada por Emy Shayo.
O cenário político brasileiro para as eleições de 2026 permanece incerto, com Lula enfrentando crescente rejeição apesar de manter a liderança nas pesquisas.
A situação econômica brasileira e as incertezas políticas continuam a ser fatores relevantes para os investidores, particularmente em relação aos potenciais candidatos de oposição, que ganham impulso em meio à insatisfação popular.
A crescente tensão entre o governo Lula e setores conservadores da sociedade brasileira também contribui para a volatilidade do mercado. A polarização política poderá impactar os resultados das próximas eleições.
*Reportagem produzida com auxílio de IA